Nexo Grupal
24/07/2015
17/07/2015
Translação
todo aquele giro
me lembrou o mundo,
[uma placenta aguenta em desafio às sombras],
marés são vontades
de equilíbrio,
"mas o sol também dá voltas", eu penso,
me perco no ângulo absurdo
que me deixa
num dizer de pupilas:
o deslizar de astros
no meu quarto
remete a dimensões
maiores.
Leonardo Menezes
me lembrou o mundo,
[uma placenta aguenta em desafio às sombras],
marés são vontades
de equilíbrio,
"mas o sol também dá voltas", eu penso,
me perco no ângulo absurdo
que me deixa
num dizer de pupilas:
o deslizar de astros
no meu quarto
remete a dimensões
maiores.
Leonardo Menezes
26/04/2013
aporia
Identificar no invisível
a forma perfeita
como cego
tateia o infinito
de saber
em vão
o caminho
quando não há passagem
a forma perfeita
como cego
tateia o infinito
de saber
em vão
o caminho
quando não há passagem
23/01/2013
de chinelos
minha verve dramática
urge uma desmedida
à altura!
se me formei
nas artes do abismo,
meu jeito
porém
ainda é praiano:
quero ver o horizonte
toda tarde
caminhando..
urge uma desmedida
à altura!
se me formei
nas artes do abismo,
meu jeito
porém
ainda é praiano:
quero ver o horizonte
toda tarde
caminhando..
11/07/2012
DRUMO-ONDE?
drumo
e acordo
de acordo
com o mundo
de drummond
mesmo sem entendê-lo
por completo
fico repleto
com o enfeite no terno
do ele etiqueta,
vejo favela
que revela
um bebezinho
com os pés in-mundos
ou encardido,
fã-minto a carne
bela
dele, ardido,
solto o cintopensando
em carlinho
o bebezinho
dos pés descálcio
no leite materno;
e o enfeite no terno
do ele etiqueta
atravessando
acordado a rua,
e eu drumo onde?
às avessas?
atrás-versando-a-rua?
Henrique Marinho
e acordo
de acordo
com o mundo
de drummond
mesmo sem entendê-lo
por completo
fico repleto
com o enfeite no terno
do ele etiqueta,
vejo favela
que revela
um bebezinho
com os pés in-mundos
ou encardido,
fã-minto a carne
bela
dele, ardido,
solto o cintopensando
em carlinho
o bebezinho
dos pés descálcio
no leite materno;
e o enfeite no terno
do ele etiqueta
atravessando
acordado a rua,
e eu drumo onde?
às avessas?
atrás-versando-a-rua?
Henrique Marinho
03/07/2012
Teu nome
Guardei teu nome embaixo da língua,
E no escuro, sozinha
Coloco-o no céu da boca.
Sinto o gosto de cada letra,
Devagar junto-as
E sussurro baixo
O som que te chama.
Teu nome ganha forma entre os meus dentes,
Minha boca ilumina-se,
E com a língua,
Sinto as estrelas todas
Ao teu redor.
02/07/2012
linha
Horizontes são sempre horizontes.
Nada os faz mais belos que os olhos de quem nunca está lá.
Os mesmos desiguais,
límpidos,
tempestuosos,
os ainda possíveis
que arrancam da hora
sua agonia materna.
São horizontes
e se constroem
pelo deixar ir de nós
tão insistente,
planos mil imaginam seu belo limítrofe.
Os olhos, cansados
de abrigar tamanha perfeição,
querem ser leves e plenos
- como os horizontes -
serem em si o vento e as nuvens,
o sol e a batalha.
Mais belos são os horizontes
porque circunscrevem
poemas de luz
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