acordo na aldeia
com minha metade-inverno
em chamas
miro a fresta da taipoca
e pressinto um sol,
não tão faiscado
quanto minhas entranhas
(quero meu governo sem poder)
visto sem razão um pano
e sento no pátio
assumindo escuta serena
horizontalizo-me
(e lido com a tensão de ser e exercer)
3 comentários:
Que bom que postou de novo, Vitor!Gostei muito da expressão "horizontalizo-me": ela me pareceu mesclar "horizontal" com "horizonte" e resulta em um sentido sintético, muito preciso e profundo de contemplação, meditação, sentimento vital. Uma percepção do espaço ao redor do sujeito que se estende até o céu, tudo em apenas uma palavra. Um grande abraço! Eiliko
Concordo com o Eiliko, na hora que li me agradou muito essa sua palavra, me agradou mais ver uma poesia nova sua aqui. Gostei muito.
Finalmente nosso enviado às terras indígenas deu as caras! Brincadeira, vítor, vc faz falta aqui, cara! tanto pela poesia quanto pela companhia. Apareça e quando vier, APAREÇA!
abs
menezes
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