09/01/2009

Oxidante

Caninos amarelados
À espera do pigarro amante
Por entre os dedos
O odor vulgar do falo
Bolinando uma respiração repleta de varizes
Agora um trago, uma baforada
As horas infinitamente quentes
Rasgando o peito
Preparando a tosse
Como um vulcão em êxtase
Pronto a jorrar penitências
Desejos, taras, dependências
Diante de uma boca voraz
A consumir somente cinzas

Adeilton Lima

Um comentário:

Fabi disse...

Nossa! Demais essa tua poesia!