E se abro os braços
de enfeite ou feitiço,
se escapo dos lábios uma palavra
de consolo ou amor,
se faço da vida um caminho
para o depois, todos os dias,
se encontro a paz das guerras,
escuto o silêncio dos gritos,
percebo a dor das flores se abrindo,
se sou a quimera exata do que nunca antes vivi,
se tudo passa como o rio e eu me despenco nele,
que posso dizer agora, que já não tenha sentido?Menezes
4 comentários:
A primeira linha...o que é isso? Muito interessante!!!
No mais, bela construção entre antagonismos, de um jovem com a alma de poeta, vivido...vividíssimo!!!
Léo, massa este poema, sua linguagem em geral percorrendo caminhos, construindo o estilo.
Bic
Nosso rio existencial de tantos paradoxos! Corre às vezes suave, às vezes febril.
Abraço!
Adeilton
Tem que se despencar no rio mesmo.
hehe.
Bonita poesia Menezes.
Leo, o ZEN é o caminho e você ainda não sabe! O poeta passional dionisíaco tá dando lugar a um monge que escreve sobre tempos e instâncias do cosmos? Ou serão heterônimos? Excelente!
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