e se quem sabe a árvore poliniza nossas existências,
e mostra fecunda uns caminhos?
árvore que voa ao redor das nossas escolhas
vaga na nuvem dispersa dos lados internos,
que repletos,
jogam passos,
e esquivas.
e se quem sabe a noite que orvalha nosso sonho,
acalenta pingo-prisma na nossa mão?
pousa em pluma no coração e na mente,
leveza e dureza,
sob o mesmo tendão.
Vitor Aratanha
3 comentários:
A árvore do início do poema e o tendão no final, que abriga "leveza e dureza" ao mesmo tempo, compõe juntos uma formulação bela e sintética.
Vi uma relação, talvez complementar, com outro poema seu, "entranhar-se".
Um grande abraço, eiliko
o vapor (nuvem) interno é um vapor barato. mas basta para polinizar as escolhas, ilusões, movimentos internos...
gostei. está um pouco errante, um pouco psicodélico. poema fugidio, como são os lados internos...
Essa frase Leveza e dureza sobre o mesmo tendão é maravilhosa.
A poesia toda é muito boa!
Parabéns moço.
Bjos
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