hoje quis mirar no vazio
achei o tudo cheio de mim.
quis sentar numa árvore,
pensei no vínculo telúrico,
e desisti.
não porque não queira
mas pela necessidade da inteireza
daonde vem, praonde vai?
me acerto pojante,
e volto atrás.
hoje então,
eu sentei numa árvore,
entretanto chorei.
pranto ambíguo
lágrimas de cumplicidade
e sorrisos de mãos dadas.
Sensação de querer
me entranhar,
e primaverar os vazios que não têm fim.
4 comentários:
Nossa, primaverar os vazios que não têm fim. Que visão bonita!
Essa é umas das tuas melhores Vitor.
bela poesia, rapaz!
eiliko
O comentário anterior foi excluído por mim mesmo, não sabia editá-lo. Bom, esse poema causa, uma sensação de estranhamento... parece algo mal resolvido, algo do porvir que não acontece. Para mim traduziu-se muito bem no título, um inflar de dúvidas e paradoxos, como o tentar se aproximar da terra e não conseguir, parece uma tentativa frustrada entre o querer e o não realizar.
Muito bom. Acho até que futuramente este poema possa ter novas contribuições do autor.
Postar um comentário