12/11/2007

Poemas e outros poemas

Se quiserem saber como é o Poema I, acessem Metafísica do Bob Esponja!

POEMA II

Vamos lá:
tentar (novamente) manchar o papel de poeira negra:
cobri-lo de verdades insuspeitas:
suspeitá-lo por se atrever a verdades.
Vamos lá:
seguindo (tra)passos contínuos; mais um vez descobrindo vielas; [combinações aleatórias:
pura especulação aritmética.
como uma visão do porto
caminhando ternamente sobre águas infinitas
Reconhecer (é isso: o principal é apenas reconhecer)
as ondulações marítimas. A beleza da espuma que se desfaz – e
[alegremente se refaz tão diferente, tão igual, tão neutra.
Vamos lá:
duvido que depois de um tiro no coração paremos de nos [contemplarmos.
Apagar, negar o caminho é o erro primário.
A via incerta, mas não errada.
Um poema nunca se acaba.
As dobraduras de uma folha de papel nunca são frescas o suficiente.
As névoas de nossa imaginação estão sempre a mudar a direção do [círculo.
Uma reta é sempre pedaço de um círculo.
Círculos – ciclos; sempre cheirando um pouco mais doces.
Vamos lá: aproveitar a condição de estrela.
Respirar fundo e manter a calma.
Declarar amor à poesia.

Ciro

3 comentários:

Anônimo disse...

Sempre é difícil. Esse amor dói, é um ralar de joelhos no asfalto escrever um poema. Mas é bom...

Anônimo disse...

"uma visão do porto
caminhando ternamente sobre águas infinitas": lindo verso, me lembrou a canção "argonautas":
"o barco, noite no céu tão bonito
sorriso solto perdido
horizonte , madrugada
o riso, o arco da madrugada
O porto
Nada"

Anônimo disse...

dá-lhe
metaalíngua
I. Ciro