Trago um sorriso pra tardes como esta
Em que duro tempo demais.
Não convém abrir mão de gestos habituais
Acender cigarros,
Trocar o canal da televisão.
Tem-se que viver,
É mais fácil manter um olhar calmo
E disfarçar o caos.
De qualquer maneira
É necessário soltar frases feitas:
Bom dia, boa noite,
Obrigada.
Ninguém repara
Se você sorrir
E repetir a cartilha.
Se passar rápido a gente se convence,
Se demorar
A gente dorme.
5 comentários:
Fabiana, a poeta da indiscritível beleza do tédio. Vc é das poucas que consegue tirar suco dessa matéria tão vivida e tão falada (embora quase sempre de forma piegas. Com vc não, é diferente. vc carrrega na bolsa um torno imenso e pesado que você sempre solta como uma borboleta, leve, colorida, melancólica.
Continue assim, vate das tristezas do dia-a-dia.
Menezes
agrada-me a oscilação do final, nem muito confiante, nem tão pessimista. algo assim, repleto daquele cansaço proveniente do tédio, das frustrações e principalmente de toda uma rotina de teatro social a que estamos presos.
muito bom.
agrada-me a oscilação do final, nem muito confiante, nem tão pessimista. algo assim, repleto daquele cansaço proveniente do tédio, das frustrações e principalmente de toda uma rotina de teatro social a que estamos presos.
muito bom.
gostoso, sem pretensão de reinventar a roda; e mantém depois que acaba; não termina ali.
Fabiana
A vida é uma escola
Essa cartilha a gente também escreve
o Leo descreveu super bem essa sua condição crítica no tédio, nessa melancolia de menina, linda
sem pontos finais
digestórias estórias vicerais
Ah
é porque
mesmo eu
em minha carrancuda contação de estórias
adoro o desafio dos bons dias
dos obrigadas
dos boa noites
e o desafio de sorrir
ah
de acordar e de dormir
...
amo
sinceramente
a diversidade
deste grupo
Beijos
Bic
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