Ando pelo mundo lânguida e desinteressada das coisas como uma gata velha.
Tenho minha almofada, tenho minha ração.
Recebo de bom grado os afagos desatentos de quem passa.
É hipocrisia ou instinto de sobrevivência o que me impede de enxergar as redes na janela?
Mimetizo-me, mas sempre gata:
me faço de tola enquanto engulo passarinhos pelos cantos da casa.
10 comentários:
você engole passarinhos, tem gente que engole sapos... mas tem sempre de ser empurradas essas coisas indesejadas da vida? ou nós escolhemos bem a forma de tocar o barco, abaixando ao carrasco a esperar sua benção final?
Considerações...
Menezes
você deve estar um sinfonia por dentro.
tadinho dos passarinhos...rs
kybelle.
ô, adorei.
:)
raíssa!
lindo poema
mas
liberte os passarinhos!!!!!
beijos ambientais,
nanda
Ei, galera!
Me perdoem os ambientalistas - e os próprios passarinhos - , mas, gata que sou, me recuso a abdicar do pecado de me encher toda de música roubada.
Beijos gulosos e saudosos,
Raíssa.
"teve pena da rolinha
que o menino matou.
mas depois que torrou a bichinha
e comeu com farinha...
gostou!"
a cadeia alimentar é assim mesmo ecológica: o passarinho papa o grilo, o gato papa o passarinho, o gavião papa o passarinho. e Zabé come zumbi. na lata do poeta tudonada cabe.
parabéns raíssa.
léo, não entendi onde o sapo entra na estória...
Sapo não entra na história mesmo.
Eu engoliria sapos se não desse um jeito de engolir meus passarinhos.
Este é ótimo !
Parabens ,Raíssa .
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