26/04/2009

Esmo

Vai a esmo
Sem medo que
Outra
Ponta de destino
Te atropele e
Fure teus ouvidos com a luz
Lentamente...
Caminha
Assim
No meio do redemoinho
Dos acasos
Deixa que agulhas
Acendam tua língua
Ou tatuem tuas palavras
Num tecido qualquer de tempo
Vai a esmo
Sem bússolas
No tato vesgo dessa reta
Sem chegada

Procura
Procura
Procura

Adeilton Lima

4 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anderson disse...

Acho interessante essa textura dérmica da sua poesia, a maneira como você sempre expõe o corpo a metodologias invasivas.

Anônimo disse...

Solidão urbana, tão intelectual, metro quadrado valioso só..só...solidão...a gente tão 2 milhões de habitantes...tão só...e a esmo...acontecem encontros...chegadas, despedidas...


Adeilton, você aborda também uma questão muito interessante que é a do caminhar, a do pedestre...carros, faróis...nossa....a cidade está ...precisando respirar melhor...

Belo poema!

Com toda delicadeza de quem transita pela arte conquistando a serenidade na loucura.

Abraço
Bic