encalço
você vem, azucrina meus grilos,
me desperta sigilos,
põe salto em meus finos
desejos marfim.
e tropeço na esquina,
adormeço nos becos
da cidade azul,
azul, verde, ardente,
secura, sem fim.
sinuosa desora...
madrugadas de outrora:
boca arfante, minha mão
quente. as tuas, em mim.
pelas ruas, saudades.
tranco a porta, invades:
são teus ecos zumbindo
e zombando de nós.
ai, de mim!
que me perco em tolices,
atravanco pieguices...
são saudades!
Tolices! pois bem sei
que é pra sempre
o vazio.
amanhece lá fora. mudo os móveis.
vá embora! da janela aberta,
vejo a sombra da distância
que um dia nos uniu.
Um comentário:
Nanda, adorei a poesia, adorei o novo visual do blog.
bjos
Postar um comentário