ou o silêncio sendo o que preenche o vazio? Ele é ilimitável, assim como o vazio... e também não tem medidas, assim como o interior de cada um de nós. "ponte que nos leva para dentro e para longe" me faz pensar que o vazio e o silêncio dão a idéia de auto-conhecimento. muito bonito, parabéns.
Encurte-o um pouquinho e torne-o um hai-kai! Ia ficar sensacional!
O pessoal está bem zen por aqui. Será uma tendência? heheh
By the way, escrevi também, há muito tempo, um poema sobre o silêncio. Vou postá-lo aqui, mas não riam, porque ele é meio ridículo e feio :)
Bem, acabei de procurá-lo e não achei! Mas encontrei uma espécie de continuação dele, com cores, texturas, sensações, etc:
O Silêncio e o Branco
O silêncio e o branco são parentes. A água rasga o branco – trovões que tilintam e despencam na assepsia lodosa do branco. O branco não tem som, mas expele música de suas camadas leitosas de cimento. O som vem antes do atrito, e é ferro bruto que se contorce lençol dos sentidos que recobra a fronha plácida do silêncio. O som, a água, o silêncio, o branco. O mar, e trovejantes células de sons que se complementam cascatas. O branco e seu ser luminoso, tapete que percorre e perfura as cores, produzindo o barulho do choque entre coisas invisíveis. O silêncio e seu destino natimorto. A água e sua distinta reação: ao metal; ao plástico. O plástico, as redes entre as moléculas: pense no som. E o som continua alheio ao metal; ao plástico. O alheio continua o som. O branco permanece o silêncio. O som ultrapassa o barulho.
6 comentários:
Que lindo, o vazio ser a presença do silêncio!
adorei!
ou o silêncio sendo o que preenche o vazio? Ele é ilimitável, assim como o vazio... e também não tem medidas, assim como o interior de cada um de nós. "ponte que nos leva para dentro e para longe" me faz pensar que o vazio e o silêncio dão a idéia de auto-conhecimento. muito bonito, parabéns.
Encurte-o um pouquinho e torne-o um hai-kai! Ia ficar sensacional!
O pessoal está bem zen por aqui. Será uma tendência? heheh
By the way, escrevi também, há muito tempo, um poema sobre o silêncio. Vou postá-lo aqui, mas não riam, porque ele é meio ridículo e feio :)
Bem, acabei de procurá-lo e não achei! Mas encontrei uma espécie de continuação dele, com cores, texturas, sensações, etc:
O Silêncio e o Branco
O silêncio e o branco são parentes.
A água rasga o branco – trovões que tilintam e despencam na assepsia lodosa do branco.
O branco não tem som, mas expele música de suas camadas leitosas de cimento.
O som vem antes do atrito, e é ferro bruto que se contorce lençol dos sentidos que recobra a
fronha plácida do silêncio.
O som, a água, o silêncio, o branco.
O mar, e trovejantes células de sons que se complementam cascatas.
O branco e seu ser luminoso, tapete que percorre e perfura as cores, produzindo o barulho
do choque entre coisas invisíveis.
O silêncio e seu destino natimorto.
A água e sua distinta reação: ao metal; ao plástico.
O plástico, as redes entre as moléculas:
pense no som.
E o som continua alheio
ao metal; ao plástico.
O alheio continua o som.
O branco permanece o silêncio.
O som ultrapassa o barulho.
Amo a metafísica das poéticas dos poetas!!!!
Ela nos faz ir além das matérias, dos materiais, nos dão sensações e asas!!!
para "dentro e para longe" no silêncio...eu ainda chego lá...ão são todos que andam zen por aqui meu querido Ciro .
Eu mesmo sou um deles! Pela minha cabeça fluem, nesses momentos, torrentes de pensamentos contraditórios, efervescências mil...
mais do que zen, o caos.
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