18/02/2008

Rio de rir

Rio à beça de vocês,
é um riso secreto.
Profundo no risco que
faz na carne de quem
rasga este poema
como uma oferenda;
a auto-imolação
do saber-se a si,
ter consciência.
Rio muito quando estou calado,
e quando durmo,
que é um riso mais sereno.

Léo

6 comentários:

Anônimo disse...

Leo, você está se tornando uma espécie de mestre zen! acho que é um caminho muito interessante pra sua poesia.

Fabi disse...

Nossa, concordo com o Ciro,heher.
Acho que vc tá acertando muito nos seus últimos poemas.Gostei muito.

Bic disse...

Despojado, sorridende, sereno, verdadeiro. Um encontro com o íntimo.

Leo, tô sorrindo!!!

Vitor Aratanha disse...

muito legal cara, o riso tem várias faces e nuances... na medida. adorei.

Anônimo disse...

Menezes me lembrou o Mastroianni em A Doce Vida. Eu percebo esse riso descrito no poema como algo irônico, riso de reprovação mesmo, de alguém que observa cada detalhe das hipocrisias (e das qualidades também) alheias. Um riso de si mesmo, do homem em si, de nós todos. É preciso rir de tudo, inclusive durante o sono (com essa bem colocada serenidade que fecha o poema) para continuar fazendo parte de cada elemento do nosso dia e do nosso convívio, que sem o riso espiritual seriam pesos desgastantes, quase físicos. Desse riso eu compartilho.

Anônimo disse...

não achei nem que é zen nem que não é, muito pelo contrário.
bonita poesia mermão. agora já podes soltar a gargalhada.