06/10/2007

Vagabundos

Vagabundos, doces, somem entre os prédios,
luzes quase esquecem de brilhar,
pouco a pouco o riso fácil incendeia o céu
e se vemos estrelas,
é semente largada pelo olhar.

Gozo histérico,
filho dos autos e dos velhos,
corrente decepada,
decerto os vaga-lumes querem mais,
não percebem o rastro no caminho,
a agonia das lanternas rubras,
sem hora de apagar...

Distantes vão os pais de certeza tão confusa,
sob o foco incessante de seus filhos,
ávidos por também destruir um pouquinho
deste mundo,
mas, eles não sabem, os vagabundos,
quão perene é sua revolta.

De sua meninice perfilam-se
os prédios que separam nossos versos,
do sorriso, o holocausto breve
que a primavera deve ao inverno,
e que persiste num jogo louco de estações imaginárias,
entre a hora que vejo os vagabundos
e o momento que tenho de esquecê-los...

Leonardo Menezes
outubro 2007

Um comentário:

Nexo Grupal disse...

Porra, alguém por favor edita (se possível) meu poema, pelo menos tirando o título repetido e afastando o nome lá embaixo. É a primeira vez que posto num blogue (que eu lembre) e tô sem paciência de fazer agora. Vcs tem de entender que sou um menino antiquado, que nunca precisei dessas ferramentas. Arre!

Valeu!!!