12/06/2012

Mais um retirante 
frustrando o sonho errante 
com sua voz de radialista decadente
trabalhando de favor 
afim de alugar ouvidos alheios

Sua grife é a gafe
suas falas são catástrofes
dele rio na sua cara
eles riem em off
Aff!

Tentativa de ser metrossexual 
com um falo milimétrico

Da velha boca virgem 
o dispensável
Do vácuo cefálico do pretenso artista
o impensável

Assexuada alma pobre de espírito
 o mendigo  pedante pede poesias
vomita heresias 
Desfila seu estilo Chico Bento
quero mas não posso ser gente

Montado no pangaré está esse jegue
cavalgando na égua de pau 
palhaço sem graça
estardalhaço sem estouro
tolo sem ouro

Ao ler isso aqui ele não se enxerga
não reflete

Nem mesmo as meretrizes de 5 reais
arriscam esse petisco indigesto
com seu repertório da derrota
Eu só lamento
o tempo que perdi
te dedicando estas palavras
as vaias e os tomates
os ovos podres
os 15 minutos 
que jamais terei de volta

Um comentário:

Léo Menezes disse...

poesia muito pessoal, mas mesmo tempo muito descolada. Acho que vc deveria investir mais no descolado e ritmado e engraçado e menos no dramático, apelativo. Às vezes elas se misturam, mas que seu lapidar pode enriquecer - fortalecer - mais o poema