Mais um retirante
frustrando o sonho errante
com sua voz de radialista decadente
trabalhando de favor
afim de alugar ouvidos alheios
Sua grife é a gafe
suas falas são catástrofes
dele rio na sua cara
eles riem em off
Aff!
Tentativa de ser metrossexual
com um falo milimétrico
Da velha boca virgem
o dispensável
Do vácuo cefálico do pretenso artista
o impensável
Assexuada alma pobre de espírito
o mendigo pedante pede poesias
vomita heresias
Desfila seu estilo Chico Bento
quero mas não posso ser gente
Montado no pangaré está esse jegue
cavalgando na égua de pau
palhaço sem graça
estardalhaço sem estouro
tolo sem ouro
Ao ler isso aqui ele não se enxerga
não reflete
Nem mesmo as meretrizes de 5 reais
arriscam esse petisco indigesto
com seu repertório da derrota
Eu só lamento
o tempo que perdi
te dedicando estas palavras
as vaias e os tomates
os ovos podres
os 15 minutos
que jamais terei de volta
Um comentário:
poesia muito pessoal, mas mesmo tempo muito descolada. Acho que vc deveria investir mais no descolado e ritmado e engraçado e menos no dramático, apelativo. Às vezes elas se misturam, mas que seu lapidar pode enriquecer - fortalecer - mais o poema
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