24/11/2010

A santa

E uma santa descia a ronda da rua iluminada,
coroada de humores e viveres,
resvalada, como pedras
criam ondas para os lados,
suando em sua face de cera
uma espécie de esperança e voto.

Essa santa repercute em si
a tenacidade da andorinha
e o vapor imenso do futuro,
o medo do presente,
e do sonho que passou;

Essa santa é doida,
traz a quimera nas horas que passam,

Vaga ríspida pelas ruas
A emitir consensos
De novos mundos
E fracassos,

Campos vencidos,
Lutas ardentes,
tremores vãos,

Essa santa prevalece
Pois amor é seu nome,

E do amor podemos todos
esperar a desmedida
e o embate,

o sussurro
e a verdade

o riso e a explosão.

2 comentários:

Raíssa Abreu disse...

Me dói a solidão da santa.

Anônimo disse...

Bonito, Leo. Eiliko