E uma santa descia a ronda da rua iluminada,
coroada de humores e viveres,
resvalada, como pedras
criam ondas para os lados,
suando em sua face de cera
uma espécie de esperança e voto.
Essa santa repercute em si
a tenacidade da andorinha
e o vapor imenso do futuro,
o medo do presente,
e do sonho que passou;
Essa santa é doida,
traz a quimera nas horas que passam,
Vaga ríspida pelas ruas
A emitir consensos
De novos mundos
E fracassos,
Campos vencidos,
Lutas ardentes,
tremores vãos,
Essa santa prevalece
Pois amor é seu nome,
E do amor podemos todos
esperar a desmedida
e o embate,
o sussurro
e a verdade
o riso e a explosão.
2 comentários:
Me dói a solidão da santa.
Bonito, Leo. Eiliko
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