Eu só vejo a minha mão,
Não sei mais para onde olhar,
Então olho o chão,
Nele vejo perderem-se coisas;
Tem a tampa da caneta,
Tem o brinco de mulher,
Tem a pressa que se nota em cada pé.
Tem o meu próprio pé,
Tão só o meu pé,
No meio de tanto chão,
Entre sapatos estranhos,
Entre tampas de caneta,
No caminho do brinco de uma mulher...
Um comentário:
Poema das coisas que se perdem mas dizem alguma coisa. Repetição de imagens, a poeta literalmente olhando por chão. Gostei Fabi, tem a densidade certa. É leve,com poucos elementos,mas muito o que se ver.
Menezes
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