POEMA XXIV
o coração é súbito flores
daquelas jogadas nos cemitérios
e que recobrem as galáxias
poeira esverdeada,
o coração
lâmina em treva,
oráculo sideral
lembrança do infinito sob o ruído das pálpebras em lágrima
o coração, véspera
em planícies de dragões solitários
areias aladas de gelo milenar
um palpitar de crinas brancas em prece
o coração,
espectro do vôo
vértebra ancestral no negrume do azul
estrelas e caracóis copulando em borboletas
coração,
oceano de vidro
crisálida do alvorecer.
Kybelle de Oliveira
2 comentários:
Parabéns Kibelle, seus poemas conseguem uma combinação de estranhamento e lirismo muito interessante. Um abraço, Eiliko
coração,
oceano de vidro
crisálida do alvorecer.
Beautiful!
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