25/03/2008

falta

nesta noite empoeirada,
pronuncio teu nome
para me indagar a saudade:
te trunco em sílabas breves,
fechadas, distantes,
amarfanhadas até.
- parecidas com quando
choro baixinho,
já madrugada,
e rezo em anestesia,
atrás de um traço de fé.

8 comentários:

Fabi disse...

Rezo em anestesia atrás de um traço de fé.
Que frase linda!
Linda, do início ao fim.
De quem é?

Vitor Aratanha disse...

nossa, que lindo poema!!! sensacional!
palavra por palavra galgada por um carinho doce ou salgado, tanto faz...
quem é o/a anonimo/a???

Anônimo disse...

isso é o que eu tenho sentido. é belíssimo, queria saber quem escreveu...

Léo Menezes disse...

"...e rezo em anestesia,
atrás de um traço de fé." Esse verso é poderoso, traz a saudade enorme do começo do poema, as palavras que aos poucos vão diminuindo, até virarem as gotas do "choro baixinho". Saudade na reza, na esperança, na fé; mas saudade que também traz tanta dor, que a prece anestesia. Não falta.

Anônimo disse...

Esse último comentário é do Menezes, eu.

Anônimo disse...

gente, passeando pelos blogs dos nossos amigos, descobri de quem é esse poema! é da Fernanda!

Anônimo disse...

Ao contrário dos outros, não achei que foi um dos melhores da nanda, uma dos highlights do blogue :P

DIZDIZENDO disse...

Lindo, lindo...